Em audiência da Comissão de Segurança Pública, o Sindppen-MG defende auxílio-alimentação para todos os servidores da Polícia Penal.
Baratas, moscas e larvas não estão no cardápio das unidades do sistema prisional do Estado, mas nem por isso tem sido incomum encontrá-las nas refeições fornecidas aos servidores e às pessoas privadas de liberdade. Foi a denúncia que o sindicato apresentou na audiência da Comissão de Segurança Pública da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), realizada na terça-feira (25/4/23).
As queixas não são novas, mas denúncias continuam sendo recebidas pela comissão, que já tratou do assunto em outras oportunidades. Os casos mais recentes de más condições de higiene e transporte dos alimentos foram relatados em unidades da Zona da Mata, em Juiz de Fora, e na região Noroeste, em Unaí e Paracutu, onde até mesmo um gambá foi visto junto à comida.
Má gestão dos recursos
Jean, presidente do Sindppen-MG, informou que cerca de R$ 50 milhões são gastos por mês na compra de alimentos para servidores e detentos, dinheiro que estaria indo para o ralo devido à contaminação das marmitas. Ele também reclamou da oferta de alimentos com baixo valor nutricional (como embutidos), do fato de as refeições oferecidas para os policiais penais e os presos terem o mesmo valor calórico, apesar das necessidades diferentes, e da suposta perseguição a agentes de segurança que denunciam os problemas encontrados, mais especificamente na unidade de Paracatu onde o gambá foi encontrado.
Também questionamos o tratamento diferenciado dado a servidores do sistema prisional, uma vez que algumas unidades pagam auxílio-alimentação e a maioria não, e da prática recorrente de troca de CNPJ das empresas que são penalizadas pela oferta indevida de alimentos, para que continuem prestando o serviço.